ALBERTO ARAÚJO - MEU RECANTO
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Autoretrato de Claude Monet


DIÁLOGO SOBRE OSCAR-CLAUDE MONET - AUTOR ALBERTO ARAÚJO
 
Poeta Alberto Araújo certa vez, em diálogo com a artista plástica Shirley Araújo.
O que a artista plástica Shirley Araújo discorreu:
 
- Quando eu me mimoseei a vida
e deparei-me com pintura.
Um pintor, original e íntegro,
o que pinta eternidades...
e exibe raios ultravioletas nos reflexos da face, já tinha nascido.
Oscar-Claude Monet foi-me a inspiração,
instrumento solilóquio que aclama trombetas.
E na medula das esfinges... Têm suas pinceladas.
No adro da Catedral,
esculpidas telas profetizam clarões
e as molduras do tempo fecundam
as túrgidas glórias expressionistas
e vai além... E a admiração chega ao nascer do sol.
Eu me vesti de flores, em plena amanhecer de primavera.
Traduzi o corpo na refletida lua
e esparramei a alma no roseiral dos jardins de Monet.
Monet...
Delirei muito, por muitos anos em sua sombra,
incorporando-me em sua pincelada.
Hoje, os meus olhos têm os óculos
e buscam os desenhares acadêmicos e aquarelianos,
que em contestáveis claridades vagam em meu leito.
Puros olhares de lince.




Sol Particular - óleo sobre tela 60x50cm - Shirley Lopes


Caminho Percorrido - óleo sobre tela 1,00x80 cm - Shirley Lopes


Paintings - Claude Monet


Impressão, nascer do sol - Monet




Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 — Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.

O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha... A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.



Primeiros anos



Claude Monet nasceu em Paris, em 14 de novembro de 1840. Seu pai, Claude-Auguste, tinha uma mercearia modesta. Aos cinco anos, sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia. Seu pai desejava que Claude continuasse no comércio da família, mas ele desejava pintar. Foi a sua tia Marie-Jeanne Lecadre que o apoiou a seguir a carreira artística, pois ela fora também pintora.

Em 1851, Monet entrou para a escola secundária de artes e acabou se tornando conhecido na cidade pelas caricaturas que fazia. Nas praias da Normandia, Monet conheceu, por volta de 1856, Eugéne Boudin, um artista que trabalhava extensivamente com pintura ao ar livre nessas mesmas praias, e que lhe ensinou algumas técnicas ao ar livre.

Em 28 de janeiro de 1857, sua mãe morreu e, aos 16 anos, Monet abandonou a escola e foi morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre.

Em 1857, Monet foi para Paris estudar pintura, e foi aí que conheceu a sua primeira mulher, Camille. Monet retratou-a muitas vezes, em quadros onde ela aparecia mais do que uma vez na mesma pintura.


Estudar a arte


Em 1859 Monet mudou-se para Paris. Frequentava muito a academia suíça de Paris onde copiava os grandes pintores. Em 1861 foi obrigado a servir no Exército na Argélia. Sua tia Lecadre concordou em conseguir sua dispensa do serviço caso Monet se comprometesse a cursar arte na universidade. Deixou o exército, mas não lhe agradou o tradicionalismo da pintura acadêmica.

Decepcionado com o ensino da pintura acadêmica na Universidade, em 1862 ele foi estudar artes com Charles Gleyer em Paris, onde conheceu Camille Pissarro e Gustave Courbet. Juntos desenvolveram a técnica de pintar o efeito das luzes com rápidas pinceladas, o que mais tarde seria conhecido como impressionismo.


Carreira artística


Em 1863, ajudado por seu amigo, Monet alugou um pequeno estúdio em Paris. No mesmo ano, Monet entraria para o Salão oficial de pintura de Paris: "Estuário do Sena" e "Ponte sobre Hève na Vazante".

No ano seguinte, Monet novamente expôs duas telas no salão de Paris: "Camille" ou "O vestido azul" e "A floresta em Fontainebleu". A tela "O vestido verde" recebeu grandes elogios por parte dos críticos e ganhou um prêmio no salão de Paris. Em "Camille", Monet retratou Camille Doncieux, que se tornaria sua futura mulher. No ano de 1867, Monet tentou inscrever a obra "Mulheres no Jardim" no Salão, que não a aceitou. A tela era tão grande que ele construiu uma vala para poder enterrar a parte inferior e atingir a parte superior da tela ao pintar. No mesmo ano, Monet e Camille teriam seu primeiro filho, Jean.


Em 1868, Monet entrou em dificuldades financeiras, teve um quadro inscrito no Salão de Paris, "Navio deixando o cais de Le Havre", que recebeu uma crítica negativa. Recebeu, no mesmo ano, medalha de prata na Exposição Marítima Internacional de Le Havre pela tela "O molhe de Le Havre".

Em 1870, Camille e Monet se casaram três anos após o nascimento do primeiro filho do casal. No mesmo ano, com o início da guerra franco-prussiana, Monet e sua família se refugiaram em Londres. De volta à França e com o pai já morto, refugiar-se em Le Havre não o atraía mais, por isso Monet mudou-se para Argenteuil, onde passou a receber seus amigos impressionistas (Édouard Manet, Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley e outros). Na cidade, o rio Sena e as belas paisagens serviram de inspiração para numerosos quadros de Monet e seus amigos que puderam pintar ao ar livre.


Em 1872 Monet pintou Impressão, nascer do sol (Impression: Soleil Levant (atualmente no Museu Marmottan de Paris), uma paisagem do Havre, exibida na primeira exposição impressionista de 1874. O quadro deu origem ao nome usado para definir o movimento impressionista.

Em 1878, Monet mudou-se para Paris com a família devido a crise financeira. No mesmo ano, nasceria seu segundo filho, Michel. Em férias com o casal Hoschédé, Monet acabou apaixonando-se pela mulher do Sr. Hoschédé, Alice. Um ano depois, Camille Doncieux morreu de câncer aos trinta e dois anos de idade.

Em 1883, Monet mudou-se para Giverny, na Normandia. Monet trocava correspondência com Alice até a morte de seu marido em 1891. No ano seguinte ele e Alice Hoschédé casaram-se.

Na década após o seu casamento, Monet pintou uma série de imagens da Catedral de Rouen em vários horários e pontos de vista diferentes. Vinte pinturas da catedral foram exibidas na galeria Durand-Ruel em 1895. Ele também fez uma série de pinturas de pilhas de feno.

Em 1899, Monet pintou em Giverny a famosas série de quadros chamadas "Nenúfares". Em sua propriedade em Giverny, Monet tinha um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a série de nenúfares. Estas obras quando foram expostas fizeram grande sucesso. Era o reconhecimento tardio de um gênio da pintura.

Monet ao pintar Nenúfares se baseou no lago e a ponte japonesa de sua própria casa, no outono, porque era nessa época do ano em que as flores caiam sobre o lago criando uma linda visão na qual Monet resolveu pintar. A técnica de Monet para pintar quadros era bastante peculiar para as pessoas e outros artistas que o viam pintando, mas a técnica de Monet desenvolvida na época foi considerada mais tarde como umas das mais belas do mundo, que é o impressionismo, que aparenta ser de perto apenas borrões mas ao distanciar a visão, o quadro se forma nitidamente.



Últimos anos



Monet teve uma catarata no fim da sua vida. A doença o atacou por causa das muitas horas com seus olhos expostos ao sol, pois gostava de pintar ao ar livre em diferentes horários do dia e em várias épocas do ano, o que foi outra característica do Impressionismo. Durante sua doença Monet não parou de pintar, - usou nessa época de sua vida cores mais fortes como o vermelho-carne e vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros verdes, rosas, vermelhos e cores mais fortes.

Em 1911, com o falecimento de Alice e seu problema de visão, Monet perdeu um pouco a vontade de viver e pintar. Sua vontade só seria animada com a amizade de Georges Clémenceau, que lhe escrevia cartas de apoio.

Monet morreu em 1926 e está enterrado no cemitério da igreja de Giverny, departamento de Eure, na Alta Normandia, norte de França.

Entre as muitas obras de Monet, podem destacar-se:
• Eglise de Vétheuil
• Banhistas na Grenouillière
• Coin d' atelier
• Femme assise sur un banc
• Femme en blanc au jardin
• Femmes au jardin
• Impression, soleil levant
• La Pont Neuf
• La Seine à Asnières
• Les bateaux rouges
• Madame Monet en costume japonais
• Nenúfares (1904)
• Nature morte avec melon
• Le Bassin aux Nymphéas
• Regata em Argenteuil
• Dans La Prairie







Edição de imagens: Alberto Araújo & Shirley

Texto: Diálogo sobre Oscar-Claude Monet





 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 23/01/2014
Alterado em 08/05/2021
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